Atrevimento Poética
A Adélia Prado e a todas as Mulheres
Pelo Dia Internacional da Mulher
Quando nasci, um anjo doido,
Desses que vivem apregoando o futuro
Lançou-me um olhar atrevido e anunciou;
- Vai, Maria, ser anônima na vida!
Eu, que pertenço àquela espécie ainda envergonhada,
Achei dura a minha lida.
Mais que carregar a bandeira, que é destino,
Arrasto o sussurro da minha raça que o tempo todo grita
Amargura é só amargura, não é dor, é dolorida.
Não relutei, chorei e abracei a bandeira e dei partida.
Sou bem capaz de plantar flor no esfalto,
Jurei corajosa e envaidecida
Eu que sou sinônima passei despercebida,
E n um piscar de olhos do anjo atrevido
Inaugurei um momento feliz
Que dura o exato tempo da vida.
Mulher se multiplica.
Eu sou mais uma!
Professora Maria José de Castro Ribeiro
Escola Estadual São José (Ibiá)
8 de março de 2012
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